17 de ago. de 2010

INVERNO

Não posso permite-me a nada além deste pobre sentir,dentro de mim era tão calmo e sereno,o balançar das árvores,os sorrisos das crianças,uma tarde como outra qualquer.Calmamente você chegou,com traços fortes de cinzas,encheu meu coração com uma tenra tempestade.Delicadamente,pingos em conta-gota,limparam minha maquiagem de palhaço,agora não sou mais triste.Um coração de cristal,lapidado agora por um sorriso tão doce e meigo é capaz de cortar as cordas que me amarravam a solidão.Olhe meu segredo mais intimo,olha o reflexo angular que ele proporciona tenho sua imagem presa em mim.Não morro ou vivo,nada sei,nada.compreendo.O que sinto por ti é sem lógica ou razão,não existe efeito ou defeito é sutil e agressivo,calmo e feroz,rico e miserável,mortal e eterno,divino e humano,normal e insano,eu e você.
 Compreendo o tempo,ele me deu a chave,não sei em que porta colocar.Cai ao esmo de mim mesmo,em um pequeno buraco de agulha,bordo estrelas no céu,uma enorme colcha de retalhos me protege  do frio de não ter você hoje...

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