26 de out. de 2011

Solidão

Corro pela rua,estou sem direção,uma bússola sem o norte,um avião sem asas,se ao menos soubesse chorar,esta dor ao certo me abandonaria..Não quero dormir sozinho,tem um monstro embaixo da cama,meus sentimentos são figurinhas repetidas.o universo todo caiu sobre meus ombros..Já não sou um anjo,já não sou um homem..Minhas unhas machucam meu peito,quero arrancar fora meu coração e junto este amor,que se sufoca em um sacola de supermercado..Não escolho meus sentimentos,não sou dono deles e nem são meus escravos..Não decidi te amar,como se escolhe uma roupa..O amor brotou em meu ser,como um pé de jabuticaba,suas raízes arrebentaram toda calçada,que fiz na porta do meu coração pra te receber..

Não te prometo o céu como um poeta insano,muito menos te comparo com a Lua..Apenas receba meu amor,seja ele uma carta que alguém espera a meses,e quando o carteiro chegar,toda natureza o acompanha só pra ver um sorriso..Farei um pacto com a vida,darei a minha vida por ti,coloque pregos em minhas mãos,não quero uma coroa de espinhos,meu coração já tem a sua..



Escute apenas,por um segundo,um suspiro,um gole,uma lágrima,uma voz,um silêncio,uma dor...

18 de out. de 2011

DEPRESSÃO ATO 1


Quero acordar deste pesadelo,meus pés estão cheios de lama,nem percebi que ontem choveu.Por onde ando sinto todos me olhando o que fizeram de mim,e o que estou fazendo destas sobras..Quero sair de mim,parar de sentir tudo que não entendo mais..Agora consigo chorar,as lágrimas fazem meu rosto arder,cortam minha face como arame farpado que protege um coração abandonado.,Sobre o céu existe muito além do que anjos,sobre a terra existe muito mais que o demônio da solidão..Meus pulso sangram tão devagar,uma poça de sangue mancha todo o carpete,por minha causa amanhã teremos visitas em casa..
 Sei tão pouco sobre os outros,minha natureza humana tem seguido  destinos um tanto mórbido..Espero que amanhã seja diferente,não gosto de me sentir assim,tudo passa tão devagar lá fora,mas dentro de mim o mundo gira depressa demais,minha alma se diverte em um parque de diversões,há fila na roda gigante,tem algodão doce...
Estou voltando pra casa,estou tentando viver,mas está sendo foda resistir a tudo,sei que não é fácil..Tomara que o Sol tenha mudado de lugar,não gosto quando seu brilho entre pela fresta da cortina e teima em me avisar que ainda estou vivo..

12 de out. de 2011


Um medo ?Crescer. 
Por que ?
Por que os adultos sempre tem o coração partido, e eu não quero ter o meu coração partido e muito menos partir o coração de alguém. Isso deve doer muito
.

11 de out. de 2011

Amor..

Se não me quiser por perto, tudo bem, posso ir embora. Só se cuida amor? Diz pra mim que vai dormir na hora certa, vai se cobrir nas noites de inverno, não vai esquecer de olhar para os dois lados antes de atravessar a rua. Promete que vai estudar, não vai desistir de viver e não vai deixar ninguém te fazer chorar […] Promete que vai se lembrar de mim até quando sua maior vontade for me esquecer? E eu vou estar aqui pra te proteger, até mesmo quando você não me quiser mais

10 de out. de 2011

Dias


Quero não deixar de pensar em você,vejo todos os dias sua foto colorida,mas em meu coração sua imagem esta amarelando,sumindo aos poucos seu sorriso..Tão pouca coisa boa ficou comigo,tão poucas lembranças consigo preservar..Ainda tenho a velha mania de fingir que está tudo bem,de ser o mais forte dos humanos..Mas quando cai a noite tudo vira em meu peito,tudo me faz sentir ânsia,não tenho me cuidado como devia.Tenho matado o tempo,na verdade acho que tenho me matado aos poucos,estou tão amargo estes dias,uma visão do paraíso tem me feito aceitar mais minha vida..
Quem sabe amanhã,tudo fará sentido,nem que seja por brincadeira...

3 de out. de 2011

A melodia de um reencontro







Feito música, tua voz em notas graves invadiu a minha alma
E meu peito acelerado descompassou nessa canção.
Entre bemóis e sustenidos, te ouvi pedindo calma,
Ao ler feito partitura o som da minha inquietação.

Entre passos e compassos,
Revivi nossa antiga melodia.
Te senti mais uma vez no meu abraço,
E dançamos como fora no primeiro dia.

Mas na escala da esperança,
Não ouvi agudo tom.
Pois teu grave, tão contido,
Me negava audível som.

E no fim dessa canção, composta em um reencontro,
Não fizemos com sucesso, esse dueto lado a lado.
Pois notando a ilusão em teu olhar se despedindo,
Minha boca solfejou mais um adeus desafinado.


Gil Façanha

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